domingo, 19 de junho de 2011

E o tempo passou, envelheceu. O silêncio é uma tortura, foi um adeus de ternura, alguma coisa se perdeu. Então a alma compõe uma música para a vida acontecer, as paredes dizem da rima, mas não é uma canção, é uma sina. Uma sina aflorada numa angustia sóbria, vasta, profunda e muda. As horas são eternas e o tempo envelhece. Mas enquanto a vida passa, eu procuro razão no ar que respiro, no medo que ainda não sinto, nas horas nuas, na nostalgia. E é no meu mundo, entre quatro paredes, que, na infinita madrugada, só existe amor e mais nada. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário