quarta-feira, 20 de junho de 2012

Fui ao fundo da vacuidade sana. Cambiante. Naveguei contra o vento, morreram as certezas. Tépido, logo já não me reconhecia. Nesse momento, nada transpassava de... Qualquer coisa. Olhei a minha alma refletida no asfalto que a lua iluminava. Olhei para o lado, o vento soprava poesia. A vida é um paraíso niilista. E o nada é tudo o quê reduz, mesmo? Tudo se desmente e inflama o decrépito sentido. Sentimento de estranheza, dúvida, anseio edípico... Pálida e ensurdecedor limbo. Inaudito! Mil porquês me consomem. Palavras são opacas, parvas, narcisistas, são "palavras" poucas para soletrar. Palavras são um murmuro de silêncio mudo. Dissabor. Era um sentimento espelhado, os olhos refletiam as profundezas incompreensíveis. Por descuido, a paz se (re)anunciou, acordei ouvindo o silêncio das estrelas. Eu (des)conhecia mais e mais. Abruptamente, o teatro faz-de-conta cessou. Eu respirava o ar do nada. Eu precisava do silêncio outra vez. Enfim, voltei a me arrepiar antes as cores das coisas sem sentido. Isso me faz bem.

Um comentário:

  1. Olá...vc tem muito talento, deveria continuar.
    Qual seu face, gostaria de trocar ideias com vc...
    Grato.

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