sexta-feira, 8 de julho de 2016

Há flores amarelas no canto da sua boca,
flores germinadas em sons que brotam livres e sem censura
no solo da mão que segura esse sopro tardio...
Vento vadio que entranha por entre esse susto
diante do espelho que refletiu a calma,
calmaria muda que mais dói que alivia...

Ah! Bruta flor da vida...
Desvela esse nó que me engasga!
Dilui esse anseio que me arrasta por esses campos nus...
Faça ressuscitar essa Lua que mora por detrás da cortina da janela minha..
Liberdade mesquinha!
Diz pro Sol descansar
no colo da cegueira daninha...

Que bobeira...
Aqui estou eu de novo,
perambulando com passos tolos
empurrando, sutilmente, a porta tênue do sonho
que acorda entediado por não ter conseguido sonhar...

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Transpassa, vida, o sermão que emana do sorriso esculpido na tela encardida de vento, lento... redemoinho de ruídos dos passados universos em órbita pagã! Sabe-se lá, por tato, tanto, e sempre, fitando a beleza de cores e coisas belas, vulgares... Grita! Aos quatro cantos e aquele quinto que tu se afunda! Aquele quinto de encanto, manso, úmido e... vai.. é ali que o teu abrigo te afaga com vultos de centelha divina, de alma vadia que vaga, portanto, por tantos planetas astrais e sobrevoa, tão somente e só, esses teus quintais.. num sussurro..