Ao fim de tudo, por trás de um sorriso, a ilha não se curva e a vida... Ah, a vida tem dessas coisas.
sábado, 19 de março de 2011
Ávido
Foi inesperado, um sonho talvez. Uma pureza imensa como a ilusão de uma criança ao olhar desenhos feitos de algodão no céu. As flores eram de todas as cores, os pássaros de barro ainda descansavam na estante, as letras eram tão claras que se misturavam ao papel branco naquele instante. Por desamor, o céu estava azul, não tinha nuvens, estava estranho. Minha fraqueza bateu novamente ao olhar aquele céu claro e infinito. O firmamento azul me lembra dor, me lembra do mesmo velho chão, dos mesmos velhos medos. O céu é a minha vida, uma vida feita de nuvem. O azul é uma miragem, é dissimulado. Acho graça das pessoas ao verem um céu assim. Ficam por horas olhando, a respiração é contínua. Novamente, da vida, eu só escuto o silêncio e continuo lendo as letras ocultas do papel branco, por horas de um tempo pleno.
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