sábado, 10 de setembro de 2011

Interlúdio

Ademais, ática era a flauta que espreitava as flores do mal polidas ao chão. Em quase um segundo, eu senti a brisa que tocava a astuta e pálida pele de Sísifo. Ente, a maior flor do mundo olhava anjo adentro, duvidando, em um impasse, de sua pureza. Olhos sujos de poemas, condenava o fúnebre arcanjo da vida. Seu olhar de náusea, repelia as coisas das palavras sem ênfase. O silêncio consolava o grito, o mudo medo soletrava o sol. O amor cigano fez uma flor nascer na rua. Debochada, era uma flor, nasceu desbotada. Sem dó, furou o asfalto, ignorou o ódio, declarou o nojo e encerrou o tédio, era uma flor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário