sábado, 10 de setembro de 2011

Pauta

À meia luz, era um anjo inocente, era uma dor evidente. Não sei o que o silêncio quis me dizer quando ficou calado. Às vezes eu não entendo o acaso, a vida me trai. O sol trouxe a melancolia, e nquanto isso, a sombra do passado me traz uma saudade de um tempo que ainda não passou. A noite é uma lembrança do devir, é o instante, a lua faz silêncio, a solidão acalma a minha pressa, é uma promessa. A chuva cai e não cessa nem ao aliviar a minha dor. O ritmo da tempestade me lembra o teu olhar ao regar a flor. Tenaz assim é a lágrima que sorri ao ouvir essa chuva cair sem fim. A chuva é uma alma a sonhar, sem ter que durar. E se chover demais, o que resta é chorar. Como será depois, o vento irá dizer. É lento, é o caos do pensamento. Esse momento não me deixa esquecer, o vento lembra você. Eu já sei de cor todo esse deleite, é o meu enredo, é um suspense. Por isso eu quero o nada... Dizem que nada, dura para sempre.

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