Flores
Mesmo com o refrão de uma flor, não há quem possa se esconder da solidão que emana de uma alma desarmada. Conheci a paz cortejando a insanidade da dor de um vinho derramado, o remorso do vento que não sinto. Vento que desenha no ar a aversão de um mundo desumano que sabe sobre tudo e não se espanta com nada, um equilíbrio subumano ante o caos de uma vida perturbada. Melancolia e um pouco mais, feito um nó cego que nunca desfaz. Somos a resposta exata para as perguntas feitas pela metade, ternos sinais de um Deus insano subestimando uma oculta realidade. O disfarce revela o coração do mar no abismo do devaneio de um olhar. Um sorriso no meio do deserto, no brilho de um acaso certo que dispõe do descaso quando a noite chega a sua existência, que por essência se foi quando a lua se pôs. Na canção você cruza fronteiras tentando imaginar um tempo que a muito tempo a poeira levou.
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