sábado, 15 de janeiro de 2011

E então a alma compõe uma música para a vida acontecer.

Hoje o sol finalmente amanheceu... sorri tímida, até mesmo por me esquecer como se mostra quando se está feliz. Feliz.. na verdade eu até me esqueci como é isso. De certo, isso se dá pelo fato da grande ignorância da humanidade de tentar rotular como triste ou feliz exatamente tudo, desabilitando assim a já insana subjetividade humana. Adoro o amor, por mais que também seja uma grande bobagem. Nesse tempo onde não existe o tempo, tudo é uno, sem censuras, sem sentido, sem razão.. mas há dores e desejos... dores e desejos que são vistos de uma maneira demasiadamente esvaída. Nada é mais visto ou pressentido.. tudo é marcado, organizado, explicado, obrigado, padronizado. Até mesmo a vida que você decide amar, é assim.. você sabe exatamente qual é e porque a ama. Quase nada tem tanta graça, quase tudo virou fumaça e assim a vida vira... nada. Às vezes, em qualquer esquina nos encontramos, mas não é a mesma sensação que tivemos há 5 minutos atrás... tudo é mais chato, mais monótono. Aliás, tudo é e virou comum. As cores viraram preto, os lábios não traduzem mais o que o coração sente, o "amor" é uma grande regra e a felicidade, bem.. a felicidade virou vital, por mais que você não a tenha, você é obrigado à, pelo menos, fingir contê-la sem criticar ou questionar coisa alguma. Se for pensar pelo menos um pouco, veremos que a maior satisfação da alma seja talvez então morrer, por digna inoperância, por tudo que você jurou ou negou amar até o fim eterno. O amor não é nada mais que uma mera arte, e arte nunca foi algo entre um homem e uma mulher apenas.. na verdade, a arte é algo que existe simplesmente para não ser entendida, nem explicada.. a arte é viver, sem necessitar saber, em um momento continuo e bruto entre o amor e o ódio durante todos os segundos da vida escrita por lembranças do futuro, e só.

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