domingo, 16 de janeiro de 2011

E voltamos loucamente pela perda?

Respiro, apenas. Como todo o resto do mundo. Somos iguais até mesmo na forma e no motivo que damos para o ar. Vivemos para ocupar espaço no mundo e assim, de praxe, de lei, levamos a vida que, na verdade, nem faz tanta questão de existir. Tentamos achar refúgios nas coisas que criamos para dar motivo ao que nem utilidade tem, esquecemos daquilo que, sem ao menos saber, necessitamos. Tentamos achar utilidade em tudo, tentamos procurar significado para o mundo, tentamos viver de acordo, vivemos sem viver. É muito fácil encarar a vida e, como consequência, classificar a razão de tudo como Céu e Inferno. O único problema é que não vemos que isso, na realidade, não existe. Na verdade tudo depende de... tudo. Todo céu tem seu inferno, ninguém é feliz sem perder o ar, o chão, os sentidos... sem se desesperar, agoniar-se, apavorar-se. Se algo existe é inquestionavelmente inquestionável, apenas existe. É preciso lembrar que a vida não é bonita, a vida é bela e, sem querer dar satisfações, ela é constrangedora, um paradoxo. A vida é isso, tudo ou nada. Depende para que e pra quem.

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